sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A cascata de duvidas começa a crescer...

Ora bem, já tomei a difícil escolha de comprar casa, avaliei bem as vantagens e desvantagens, e decidi pela moradia, e agora vem a próxima questão:




Comprar já tudo feito ou construir de raiz?


Este é o ponto de todo o caminho, em que as decisões começam a ter mais relevo e a ganhar protagonismo nas preocupações que povoam o meu pensamento diário.

Comprar a casa já feita é incomensuravelmente mais fácil do que entrar em aventuras e construir de raiz, basta entrar, observar e se nos agradar numa questão de dias a carrinha das mudanças está a entregar os moveis e estamos a habitar a nova casa.

Mas construir de raiz é muito mais aliciante, pois podemos desenhar a casa que melhor se adequa às nossas necessidades e desejos.É também mais económico construir do zero, pois tem-se o poder de decisão sobre vários aspectos da construção que não são editáveis na compra da casa já feita. Porem ,é o caminho mais difícil e moroso e é preciso estar preparado para trabalhar a sério num projecto que vai gastar horas, dias , semanas da nossa atenção e dedicação.



Hoje em dia a informação está em todo o lado, é fácil saber sobre matérias complexas e especificas, debater com especialistas questões difíceis e muito técnicas, e por isso é actualmente muito mais fácil decidir construir a própria casa.
Uma grande ajuda nos mais variados temas e discussões:



Finalmente resolvi esta tríade de decisões, e vou construir a minha moradia.
Como se o trabalho e preocupação fossem pouco, ainda vou colocar aqui passo por passo todo este processo desde o momento zero.


O objectivo é construir uma casa de médias dimensões, com três quartos, escritório, sala e cozinha, num terreno que permita uma pequena horta e um espaço de lazer.
A arquitectura obedecerá a orientações minimalistas e contemporâneas,  e os materiais a empregar serão de qualidade média mas que permitam uma vivência agradável e acolhedora.

Um dos preceitos principais é o respeito de um orçamento muito reduzido, pois esta pretende ser uma alternativa viável à compra de uma apartamento de gama média.


Mãos à obra é o lema...e ai vamos nós.








As duvidas continuam...

Ainda não estava refeito da dura decisão entre comprar e alugar, e logo surge outra decisão complexa.


Vou morar numa moradia ou num apartamento???




Esta é uma questão que se impõe a todos.
Na realidade, nem sempre é uma decisão difícil, porque ás vezes nem sequer é uma decisão, uma vez que o orçamento não permite pensar em moradias, e o apartamento é a única saída.
Por vezes o preço não é problema, e o apartamento também tem motivos de atracção que levam a escolhe-lo em detrimento de uma vivenda.


Os dois tipos de habitação, como tudo na vida, tem vantagens e desvantagens, e quando economicamente as duas hipóteses são concorrentes, a duvida passa a ser somente pessoal.




Apartamento:




A vida num apartamento é mais cosmopolita, mais dinâmica, pois habitualmente os prédios estão inseridos em aglomerados habitacionais, em centros com grande actividade de serviços, onde se encontram restaurantes no virar da esquina, lojas, transportes e muitos outros.
A acessibilidade ao mundo é mais próxima, e tudo gira em torno dos prédios. 
Viver em altura é também agradável quando a vista é privilegiada. Um apartamento junto ao rio ou ao mar, ou até mesmo numa grande cidade ou centro histórico, permite fazer da janela um maravilhoso ecran de onde podemos tirar horas de prazer ao contempla-lo.


A escolha por viver num apartamento é determinantemente devido ao natural preço mais reduzido, mas também pela maior proximidade de tudo aquilo a nossa sociedade se habituou a dispor, todos os serviços indispensáveis ao nosso bem estar, estão logo ali pertinho de nós.




Moradia:




Viver numa moradia é para muitos um sonho e infelizmente nem sempre concretizável.
Uma moradia permite uma individualidade e privacidade impossível de obter num apartamento, e poder usufruir de uma zona exterior de lazer é crucial na escolha por este tipo de casa.
Viver numa moradia permite o sossego e a pacatez que dificilmente um apartamento pode oferecer, pois não há vizinhos acima nem abaixo, a entrada de casa não é partilhada por mais ninguém, e normalmente uma vivenda está localizada em bairros ou zonas mais afastadas de focos de movimento ou ruído.
A vivenda para alem da maior flexibilidade de organização das assoalhadas tem a enorme mais valia de ter um espaço onde se pode colocar uma piscina, um barbecue, uma horta, um jardim,oficina, uma zona de lazer, enfim, um espaço polivalente que engrandece a vivência em casa, e aumenta exponencialmente a qualidade de vida dos seus felizes moradores.


Em suma, a moradia permite maior privacidade e isolamento, e proporciona uma vivência mais rica da casa, pela criação de espaços dinâmicos que completam as necessidades de quem lá vive.  


Eu decidi pela moradia...



domingo, 19 de fevereiro de 2012

Começar pelo inicio...

Todos nós precisamos de um lugar para morar, um espaço físico onde se organiza e estrutura a nossa vida e família.Podemos dar-lhe uma utilização mais ou menos intensa, pode ser só um dormitório ou o palco de toda uma vida, mas, seja como for, a habitação é uma realidade incontornável, e deve corresponder às nossas necessidades, ambições e possibilidades.


A primeira questão que se coloca é:
Comprar ou alugar?


Esta foi a minha primeira pergunta e é uma questão complexa, de difícil resposta pois, depende não só da realidade de cada um, mas também da fase da vida em que se coloca.
Aqui o segredo é ponderar e estudar muito bem as hipóteses.




A- Comprar
A compra de um imóvel pressupõe varias despesas.


1- Valor do imóvel


É uma despesa de grande dimensão que se dilui numa prestação mensal ao longo de décadas.
A mensalidade da hipoteca depende de algumas variáveis:


euribor - taxa interbancaria que determina a taxa indexada à divida contraída. É negociada em vários prazos, mas os mais comuns são os 3, 6 e 12 meses, períodos esses que definem a revisão em alta ou em baixa da taxa a pagar pelo empréstimo


spread - taxa de risco que o banco determina para o empréstimo a conceder, é variável e negociável.


seguros - os contratos de hipoteca acarretam a necessidade de subscrever uma serie de seguros, entre os quais de vida e patrimoniais.


2- Transmissão do imóvel


Aquando da compra há que contar com algumas despesas, tais como a abertura de processo no banco para o empréstimo, a escritura e o IMT.


3- Impostos


Durante toda a vida da posse de um imóvel é cobrada ao proprietário o IMI, mas nem tudo é mau, é possível abater uma parte da despesa com o empréstimo no IRS.


4- Manutenção do imóvel


Sendo proprietário, é responsável pela sua manutenção e bom estado, devendo proceder a reparações decorrentes do uso e desgaste temporal.
No caso de apartamentos ou condomínios há ainda que contar com a taxa de condomínio.


5- Valorização ou depreciação 


Comprar casa deve também ser visto como um investimento, e como tal é passível de valorização ou depreciação do seu valor com o tempo.




B - Alugar
O aluguer de um imóvel é hoje em dia simples, bastando para isso um contrato de aluguer assinados entre o inquilino e o senhorio.
O valor da renda é acordado entre os dois intervenientes e sofre alterações de acordo com a legislação em vigor.


Dependendo do tipo de contrato, o valor da renda é a única despesa com o imóvel imputada ao inquilino, excluindo obviamente as despesas com o fornecimento energético.


Para decidir há que fazer contas e estabelecer prioridades e para ajudar com as contas deixo esta ferramenta muito útil:


http://www.nytimes.com/interactive/business/buy-rent-calculator.html


No fundo há que ponderar muito bem as duas hipóteses, mas na minha opinião há que ter uma visão desligada do sentimento irracional mas saboroso da posse, e ver a habitação como um investimento , e como tal deve ser ponderada matematicamente a mais ou menos valia de determinada decisão.
Assumindo a mesma qualidade de vida e conforto, devo escolher a hipótese em que gastar menos dinheiro durante 40 ou 50 anos.


Eu decidi pela compra, pois no meu caso, no longo prazo é mais economicamente viável.