domingo, 19 de fevereiro de 2012

Começar pelo inicio...

Todos nós precisamos de um lugar para morar, um espaço físico onde se organiza e estrutura a nossa vida e família.Podemos dar-lhe uma utilização mais ou menos intensa, pode ser só um dormitório ou o palco de toda uma vida, mas, seja como for, a habitação é uma realidade incontornável, e deve corresponder às nossas necessidades, ambições e possibilidades.


A primeira questão que se coloca é:
Comprar ou alugar?


Esta foi a minha primeira pergunta e é uma questão complexa, de difícil resposta pois, depende não só da realidade de cada um, mas também da fase da vida em que se coloca.
Aqui o segredo é ponderar e estudar muito bem as hipóteses.




A- Comprar
A compra de um imóvel pressupõe varias despesas.


1- Valor do imóvel


É uma despesa de grande dimensão que se dilui numa prestação mensal ao longo de décadas.
A mensalidade da hipoteca depende de algumas variáveis:


euribor - taxa interbancaria que determina a taxa indexada à divida contraída. É negociada em vários prazos, mas os mais comuns são os 3, 6 e 12 meses, períodos esses que definem a revisão em alta ou em baixa da taxa a pagar pelo empréstimo


spread - taxa de risco que o banco determina para o empréstimo a conceder, é variável e negociável.


seguros - os contratos de hipoteca acarretam a necessidade de subscrever uma serie de seguros, entre os quais de vida e patrimoniais.


2- Transmissão do imóvel


Aquando da compra há que contar com algumas despesas, tais como a abertura de processo no banco para o empréstimo, a escritura e o IMT.


3- Impostos


Durante toda a vida da posse de um imóvel é cobrada ao proprietário o IMI, mas nem tudo é mau, é possível abater uma parte da despesa com o empréstimo no IRS.


4- Manutenção do imóvel


Sendo proprietário, é responsável pela sua manutenção e bom estado, devendo proceder a reparações decorrentes do uso e desgaste temporal.
No caso de apartamentos ou condomínios há ainda que contar com a taxa de condomínio.


5- Valorização ou depreciação 


Comprar casa deve também ser visto como um investimento, e como tal é passível de valorização ou depreciação do seu valor com o tempo.




B - Alugar
O aluguer de um imóvel é hoje em dia simples, bastando para isso um contrato de aluguer assinados entre o inquilino e o senhorio.
O valor da renda é acordado entre os dois intervenientes e sofre alterações de acordo com a legislação em vigor.


Dependendo do tipo de contrato, o valor da renda é a única despesa com o imóvel imputada ao inquilino, excluindo obviamente as despesas com o fornecimento energético.


Para decidir há que fazer contas e estabelecer prioridades e para ajudar com as contas deixo esta ferramenta muito útil:


http://www.nytimes.com/interactive/business/buy-rent-calculator.html


No fundo há que ponderar muito bem as duas hipóteses, mas na minha opinião há que ter uma visão desligada do sentimento irracional mas saboroso da posse, e ver a habitação como um investimento , e como tal deve ser ponderada matematicamente a mais ou menos valia de determinada decisão.
Assumindo a mesma qualidade de vida e conforto, devo escolher a hipótese em que gastar menos dinheiro durante 40 ou 50 anos.


Eu decidi pela compra, pois no meu caso, no longo prazo é mais economicamente viável.

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